Na vida fazemos muitos improvisos. Quando não há chave de fenda usamos uma faca para apertar um parafuso. Usamos bancos em cima de outros móveis para alcançar uma lâmpada a ser trocada. Colamos fitas isolantes em um fio elétrico desencapado. Batemos um prego com um martelo sem o cabo. Além de outros improvisos. O mau do improviso é que, geralmente, ele acaba sendo permanente e logo esquecido. Por exemplo: se vemos um fio elétrico desencapado, o improvisamos colando fita isolante com o objetivo de ser provisório. O ideal seria substituir o fio elétrico já que a fita isolante, com certo tempo, perderá a sua aderência e deixará o fio exposto novamente. Mas quando improvisamos, achamos que não haverá riscos.

Acabamos esquecendo-o e o improviso acaba sendo permanente. O mesmo acontece com a falta de um martelo. Batemos um prego com um alicate, sapato social, pedra ou um martelo sem o cabo. Achamos que não precisamos comprar o martelo porque acreditamos que não iremos usar-lo novamente. E sabe quando compramos um martelo?
Quando nos acidentamos. Se não compramos um martelo prontamente pede-se emprestado ao vizinho.
  
O improviso é uma das maiores causas de acidentes tanto em casa quanto no ambiente de trabalho. O pior disso tudo é que o improviso muitas vezes é cruel e malicioso. Há pessoas que perdem a própria vida somente porque fizeram um pequeno improviso. Se não perde a vida tem alguma seqüela. Há trabalhadores que querem mostrar suas capacidades intelectuais para improvisar. A autoconfiança é um dos maiores indícios de acidentes do trabalho. São esses tipos de comportamentos inseguros que podem ocasionar o acidente. 
Evite improvisos. Se não há ferramentas adequadas, solicite-as ao seu superior hierárquico no local de trabalho. Mesmo que o chefe de departamento ou a pessoa a qual você está subordinado exigir que improvise a atividade, explique sobre os riscos. Muitas vezes o seu superior pode não saber das conseqüências que o improviso pode acarretar. 
Lógico que devemos saber como falar a respeito. Com educação e sem arrogância, podemos solicitar melhorias nas condições de trabalho. Se houver Cipeiros na empresa estes são os mais indicados para solucionar os problemas e evitar o improviso.
  
Em casa, se acha que não vai precisar de ferramentas, procure analisar as atividades que possivelmente podem fazer no futuro próximo. Se você é uma pessoa que gosta de artes futuramente pode ter um quadro na sala. E que ferramenta usamos para pendurar o quadro na parede? 
O martelo, evidentemente. E se o cano da pia estiver com vazamentos? Usamos uma chave de boca. E se o móvel estiver com um parafuso folgado? 
Apertamos com uma chave de fenda. Viu que precisamos de ferramentas adequadas em casa? Ou prefere pedir ao vizinho todas as ferramentas quando precisar? 
Chato, não? Portanto. Usar as ferramentas adequadas e executar as atividades sem improvisos é a melhor maneira de evitar acidentes. 
No trabalho, o ato de não improvisar faz de nós um funcionário ideal e em casa podemos dar exemplos aos nossos filhos e vizinhos.