"O DDT, um pesticida que outrora foi utilizado na agricultura, está associado a um aumento de probabilidade de sofrer de Alzheimer. Segundo um estudo, das Universidades de Rutgers e de Emory (EUA), publicado na JAMA Neurologia, a partícula gerada pelo pesticida foi encontrada em doentes de Alzheimer, em níveis quatro vezes superiores aos que se verificam em pessoas saudáveis."

 
Um pesticida que noutros tempos foi utilizado na agricultura pode estar na origem da doença de Alzheimer, em algumas pessoas que estiveram em contacto com aquela substância.

De acordo com um estudo realizado pelas universidades norte-americanas de Rutgers e de Emory, a partícula gerada pelo pesticida foi encontrada em doentes de Alzheimer, em níveis quatro vezes superiores.

O estudo, publicado na JAMA Neurologia e difundido pela BBC, consistiu em medir os níveis de uma partícula que o DDT origina, depois de entrar no corpo humano: a DDE.

Para efetuar esta pesquisa, os investigadores analisaram o sangue de 86 pessoas com Alzheimer. Posteriormente, compararam os resultados com análises sanguíneas de pessoas sem aquela doença. Segundo os investigadores, os doentes de Alzheimer tinham 3,8 vezes mais DDT.

Recorde-se que este pesticida chegou a ser usado para combater a malária, aquando da II Guerra Mundial, sendo posteriormente utilizado por agricultores. No entanto, o pesticida foi retirado de utilização, em virtude dos efeitos secundários negativos na saúde humana e também devido aos problemas ambientais que provocavam. Muitos países proibiram a substância, que, sabe-se agora, tem associação com Alzheimer.

 Fonte: António Henriques ( PT Jornal - Portugal )