Rinite,
alergia de pele e dor no pescoço. Um destes problemas de saúde já
atrapalhou o seu expediente? De acordo com grande parte dos executivos, sim.
Ao
avaliar 15 mil deles, uma pesquisa da operadora de saúde Omint mapeou como
anda a saúde desses profissionais e quais foram as dez doenças mais comuns no
mundo corporativo no ano passado.
De acordo
com o resultado, a rinite é a campeã. Quase 30% dos executivos entrevistados
citaram o problema, enquanto 22,41% sofrem de alergia de pele, e 19,36% têm
dores no pescoço.
A
poluição das grandes cidades é a grande vilã do sistema respiratório, diz Caio
Soares, diretor médico da Omint e coordenador do estudo. “Em cidades como São
Paulo, as doenças respiratórias, como a rinite, são muito frequentes”,
diz. Segundo ele, altas temperaturas agravam ainda mais o problema. “Isso
porque cresce o número de partículas em suspensão no ar”, diz Soares.
As dores
no pescoço e ombros estão relacionadas à tensão, diz o coordenador do estudo.
“O estresse leva à contração muscular na região do pescoço e ombros”, explica
Soares.
Ele
também conta que quando especialistas em ergonomia visitam empresas, o número
de correções de postura, posicionamento em relação ao computador, altura da
mesa e da cadeira é enorme. “Do presidente à recepcionista, todos têm problemas
e muitas correções ergonômicas que precisam ser feitas”, explica.
O dado
mais alarmante da pesquisa também está relacionado ao estresse e vem crescendo
bastante entre os executivos: a ansiedade, na 6ª posição da lista. Se, em 2009,
14% dos executivos avaliados apresentavam sintomas da doença, em 2011, esse
percentual chega a 18,20%.
O
sentimento de ansiedade é comum, diz Soares, mas se começa a prejudicar as
tarefas do dia a dia passa a ser classificado como doença. “O limite é quando a
ansiedade começa a interferir nas atividades profissionais ou pessoais”, diz o
médico.
O
percentual de executivos atingidos pela ansiedade preocupa, na opinião de
Soares. “A ansiedade é a brasa que mantém aceso o fogo de outras doenças”,
explica Soares.
Se a
ansiedade cresce, por outro lado, a hipertensão tem diminuído. Em 2009, eram
10%. Passaram para 9,07%, em 2010, e agora somam 8,15% do total. O tabagismo
também está em queda. Os indicadores de diabetes e colesterol alto seguem
estáveis. Atingem 2,3% e 2,04% da população avaliada, respectivamente.
Excesso
de Peso
Os quilos
a mais continuam a ocupar lugar de destaque no ranking elaborado pela Omint,
afetando quase um quinto dos executivos entrevistados. Os indicadores vêm se
mantendo estáveis nos últimos 3 anos, mas isso não é bom, segundo o coordenador
do estudo. “Não podia estar pior porque os índices estão estáveis, mas lá em
cima”, diz Soares.
Segundo a
pesquisa, 38,6% dos executivos têm Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 25.
Dentro desse universo, 18,99% são homens e 11,53%, mulheres.
De acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS, pode ser considerada obesa uma
pessoa que tem IMC acima de 30.
Hábitos
não saudáveis
A
explicação para o fato de a obesidade ainda assombrar o mundo corporativo está
nos hábitos de vida dos executivos.
Isso porque a quase totalidade deles – 95,5% – assume que não tem uma alimentação saudável e quase metade dos executivos é sedentária. Além disso, 31,7% deles estão estressados.
Isso porque a quase totalidade deles – 95,5% – assume que não tem uma alimentação saudável e quase metade dos executivos é sedentária. Além disso, 31,7% deles estão estressados.
Mas os
executivos querem virar o jogo, de acordo com a pesquisa. A inclusão de pelo
menos uma atividade física na rotina é objetivo de 37,7% dos executivos
entrevistados. A pesquisa também revela que 44% pensam no assunto. Em relação à
alimentação, 26,1% disseram que já estão adotando um cardápio mais saudável e
39% estão pensando em fazer isso.
“A
intenção é nova e é crescente”, diz Soares. Mas. para ele. ainda é cedo para
esperar melhora na próxima pesquisa. ” O ritmo de vida agitado atual não
permite a mudança de hábitos, é difícil”, diz.
Ele
sugere que os executivos comecem com pequenas mudanças. ” Se cortar manteiga da
alimentação já diminui o risco de doença cardiovascular em 50% em 10 anos”,
explica.
Um hábito
não saudável que está em queda é o tabagismo. Realizada há 7 anos, a pesquisa
da Omint apontava em 2004 cerca de 18% de fumantes entre os executivos. Em
diminuição gradual desde então, hoje os fumantes não passam de 12%. E a
tendência é de queda ainda mais acentuada. “Entre as mudanças de hábitos, parar
de fumar é uma inciativa fundamental para quem almeja vida longa saudável”, diz
Soares.
Confira
na tabela abaixo as 10 doenças mais comuns no mundo corporativo e o percentual
de executivos afetados por elas:
Doenças
|
2009
|
2010
|
2011
|
1-
Rinite
|
...................27,72%
|
.................28,31%
|
.............28,97%
|
2-
Alergia de pele
|
...................22,58%
|
.................22,32%
|
............22,41%
|
3- Dor
no pescoço/ ombros
|
...................20,50%
|
.................19,65%
|
............19,36%
|
4-
Excesso de peso
|
...................18,59%
|
.................18,49%
|
............18,42%
|
5- Dor
de cabeça frequente
|
...................16,81%
|
.................16,74%
|
............16,50%
|
6-
Ansiedade
|
...................14,77%
|
.................16,91%
|
............18,19%
|
7- Asma
ou bronquite
|
...................13,35%
|
..................13,47%
|
.............13,47%
|
8-
Insônia
|
...................11,64%
|
.................11,07%
|
.............10,83%
|
9-
Colesterol alto
|
...................11,49%
|
.................11,58%
|
.............11,53%
|
10- Dor
crônica nas costas
|
....................9,85%
|
...................9,17%
|
...............8,52%
|
Fonte: Exame.com
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